A polícia venezuelana prendeu 33 homens que estavam em um bar e sauna LGBT+, e revoltou ONGs e ativistas na cidade de Valencia, a 165 km da capital, Caracas, no último domingo (23).
De acordo com locais, a prisão teria ocorrido no Avalon Club sem ordem judicial e os presos tiveram suas fotos e documentos expostos pelos militares.
A Polícia Nacional Bolivariana agiu após receber denúncia anônima alegando que no local havia sexo em grupo. Segundo as autoridades, os frequentadores gravavam e pretendiam comercializar material pornográfico.
Por outro lado, familiares dos presos contestaram a versão da polícia, que os acusaram formalmente por poluição sonora e atentado ao pudor – este último, só se praticado em público. “Ser homossexual não é delito”, disse a mãe de um dos detidos.
Ativistas criticaram polícia do ditador Venezuelano, Nicolás Maduro, dizendo que a ação abre precedente que pode marcar um novo capítulo de medo para o grupo LGBT+.
A Anistia Internacional se posicionou destacando que os presos foram difamados pelos policiais, foram alvo de campanha de ódio e “acusados de homossexualidade” em 2023. Nas redes sociais, pessoas compartilharam mensagens em apoio aos homens detidos: “Libertem os 33”.
Na quarta-feira (26), 30 dos detidos foram liberados. O dono do bar e dois massagistas seguem presos e só poderão sair se apresentarem fiadores.
Em março deste ano, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela anulou um artigo do Código da Justiça Militar que previa prisão de um a três anos para militares das Forças Armada que praticassem atos homossexuais.
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