Exaltar figuras fora da curva, como Ayrton Senna, não é costume em nosso país. Pessoas de real destaque, não. Os brasileiros se esquecem facilmente deles.

Costumamos idolatrar figuras básicas, que fazem o básico, o mínimo. Que quase sempre são superficiais, fabricadas ou impostas à massa. Temos vários assim.
Na música, por exemplo. Se pegarmos os top 10 artistas mais ouvidos do Brasil nos últimos 100 anos, será um dado certamente apavorante. O mesmo acontecerá em rankings de autores mais lidos.
Nesse sentido, dizem que a voz do povo é a voz de Deus. Pois bem. Quem foi o maior brasileiro de todos os tempos? Se esta pergunta for feita ao povo, nada de bom virá de lá.
Isto porque nós não nos importamos. O brasileiro não liga para a própria história. No entanto, quando interessa, geralmente, é por algo muito artificial. Será esquecido em breve.
Não sabemos sobre os abolicionistas, como André Rebouças; não conhecemos os inventores, como Santos Dumond; dos intelectuais, nem se fala.
Nossos heróis – aqueles que carregam nossa bandeira, que nos dá a pequena esperança de um amanhã melhor e muito orgulho daquilo que fomos e somos – precisam ser lembrados.
Senna é um deles. Viva Ayrton Senna do Brasil!
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